9 de abril de 2013

Dor na relação sexual pode ser endometriose

Doença atinge 176 milhões de mulheres no mundo todo
Um dos sintomas da endometriose é a cólica intensa / Divulgação/ShutterstockUm dos sintomas da endometriose é a cólica intensaDivulgação/Shutterstock
Ao contrário do que muitos pensam, nem sempre as relações sexuais são sinônimo de prazer. Para algumas mulheres, esse é um momento em que se sente dor e desconforto.

No entanto, apesar da sensação ruim, muitas mulheres não associam a dor com possíveis doenças ginecológicas, fazendo com que adiem a visita ao ginecologista e o problema acabe se agravando.

A causa da dor durante as relações sexuais pode estar associada à endometriose, uma doença pouco conhecida, mas que atinge cerca de 176 milhões de mulheres em todo o mundo, de acordo com dados da ONU.

A endometriose é caracterizada pela presença do endométrio - tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga.

Todos os meses, o endométrio fica mais espesso à espera de um bebê e, quando a mulher não engravida, ele descama e é eliminado pela menstruação.

Acontece que, em alguns casos, um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal.

Recentemente, uma pesquisa comportamental realizada pela "Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva", a SBE, com apoio da "Bayer HealthCare Pharmaceuticals",comprovou que dentre 5 mil mulheres acima de 18 anos, em todo o país, 55% delas não sabem o que é a doença e 66% não conseguem identificar a que a patologia está associada.

É importante destacar que a doença pode acometer mulheres a partir da primeira menstruação, sendo possível ser estendida até a última. Porém, o diagnóstico geralmente acontece quando a paciente tem em torno dos 30 anos.

"Infelizmente, o diagnóstico não costuma ser tão rápido por falta de informação e acesso aos serviços de saúde, o que se torna um problema para as mulheres", explica o Dr. Maurício Simões Abrão, da SBE.

A doença pode ser de grande impacto na vida social, profissional e pessoal da paciente e, mulheres com endometriose, muitas vezes, experimentam uma maior incidência de depressão e estresse emocional, devido à incerteza do diagnóstico, à imprevisibilidade dos sintomas e à dificuldade de viver uma vida normal.

Como reconhecer os sintomas?
Os sintomas da endometriose variam de acordo com cada pessoa. Existem mulheres que sofrem com fortes dores e outras que não sentem nenhum tipo de desconforto. A doença acomete, hoje, cerca de seis milhões de brasileiras, sendo que até 50% delas podem ficar inférteis.

Entre os sintomas mais comuns estão: cólicas menstruais intensas e dores na região pélvica, antes e durante o período menstrual e nas relações sexuais. Outros sintomas como a fadiga crônica e exaustão, o sangramento menstrual intenso ou irregular, as alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação, a dificuldade para engravidar e infertilidade, também são bastante comuns.

Tratamento 

No momento, ainda não há cura para a doença e não existe uma única abordagem ideal para o tratamento da endometriose, portanto, o tratamento deve ser adaptado para cada paciente.

As abordagens de tratamento podem abranger desde a remoção cirúrgica das lesões de endometriose até o uso de medicação. Os medicamentos são prescritos para tratar os sintomas dolorosos da endometriose.
Da Redação vivabem@band.com.br

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